TUDO SE MOVE
Adentrar as movimentações que envolvem o fazer de gravura em metal, é explorar a relação com os materiais que fazem parte do processo de gravação. É, sobretudo, uma busca de entendê-los e estabelecer com eles uma relação de colaboração e equilíbrio diante de suas manifestações, experimentando novos ordenamentos e deslocamentos processuais em diferentes fluxos e possibilidades de movimentação e observação envoltas na teia dos acontecimentos.
A ampliação da gravura requer atenção às manifestações dos materiais, que demonstram capacidade de marcar/gravar em várias instâncias de suas existências. As diferentes possibilidades apresentadas no estabelecimento de suas marcas são parte dos caminhos de reafirmação da gravura em metal no cenário contemporâneo, que recorre às noções primeiras de manifestação do que ao longo da história veio a configurar o trabalho do gravador, que se reformula constantemente, ouvindo os materiais com que colabora, fazendo do ateliê um mundo, espaço onde tudo se move.
Chancko Karann
CHANCKO KARANN
Autonomia #2
Chancko Karann
Gravura em metal / objeto
dimensões variadas
2020
s/título | da série “Challenging paper”
Chancko Karann
Gravura em metal
50 x 50 cm
2019
s/título | da série “Challenging paper”
Chancko Karann
Gravura em metal
84 x 30 cm
2019
“O vapor precede a queimadura”
Chancko Karann
Gravura em metal
35x60cm
2018
s/título
Chancko Karann
Gravura em metal
30 x 42 cm
2019
Todos caminhamos marcados
Chancko Karann
Gravura em metal
30 x 66 cm
2019
Qual o é lugar das coisas?
Chancko Karann
Gravura em metal
30 x 42 cm
2019
Intermitência
Chancko Karann
Gravura em metal
30,0 x 65,5 cm
2018
s/título
Chancko Karann
Gravura em metal
30 x 42 cm
2019
s/título
Chancko Karann
Monogravura
30 x 42 cm
2020
S/título | Díptico
Chancko Karann
Monogravura
22,5 x 26 cm cada
2019
S/título | Díptico
Chancko Karann
Monogravura
27 x 40 cm cada
2019
S/título
Chancko Karann
Colagem de Gravura em metal
32 x 45 cm
2020
A exposição “Tudo se move” de Chancko Karann se configura entre o ato de “coreografar” e “gravurar”, exatamente no trânsito poético desses dois territórios artísticos supostamente distintos. O “entre” membranas, o “entre” processos, o “entre artes”, o “entre dança e gravura”, nos interessa aqui por estar no campo contemporâneo da Intermedialidade, campo de investigação este nos apresentado por Dick Higgins e que estabelece a dissolução das fronteiras entre as artes como princípio poético e estético.
Essa pesquisa foi desenvolvida durante o Mestrado do artista no Programa de Pós-graduação em Artes Visuais da Escola de Belas Artes, sob minha orientação e teve o apoio da FAPESB.
Ludmila Pimentel
curadoria
Os trabalhos aqui apresentados foram realizados por Chancko Karann entre os anos de 2018 e 2020.
A curadoria foi feita por Ludmila Pimentel e o registro das imagens e criação do site foi feito por Patrícia Martins